Pintura da Garagem das Letras

No último sábado, a galera do Projeto Jovem aproveitou um churrasco na Garagem das Letras com música e muitas cores: no final da tarde, a fachada do espaço já estava completamente revigorada com a intervenção artística dessa turma. Um dia muito especial em que alunos, ex-alunos, educadores, coordenadores, diretores e muitos amigos marcaram presença na Rua Dionéia, em um ambiente criativo e descontraído. 

Pelas fotos dá para ver como ficou linda a pintura, coordenada pela educadora da Oficina de Artes, Marcela, e feita com muito entusiasmo pelos adolescentes. O evento foi o pontapé inicial da Garagem das Letras, o futuro projeto da Associação Amigos da Vida/ Il Sorriso dei Miei Bimbi, que será o primeiro café literário da Rocinha para jovens, voltado para o acesso à leitura. O desenho foi dedicado à Paola Perissi, irmã do doador Sérgio Trere que, junto com sua esposa Manuela Trere, apoiaram o projeto de forma essencial. Paola faleceu e foi homenageada, com amor e gratidão, nas vivas cores de nossa Garagem. 

Metas da educação

O filósofo Paulo Freire e o epistemólogo Jean Piaget são duas grandes inspirações para o corpo docente da Casa Jovem:

Teatro: Na Cola do Sapateado

No dia 20/05/2012, os alunos da Casa Jovem foram ao teatro para ver a peça “Na cola do sapateado”, no shopping Fashion Mall, em São Conrado. 

O passeio seria inicialmente apenas para os alunos do Projeto Jovem, mas a coordenadora Helena conseguiu convites extras, possibilitando que sete integrantes do Projeto de Alfabetização também fossem assistir a peça junto com sua a professora, Mayra.

O ponto de encontro foi na sede da Casa Jovem às 15h30. Neste horário, estavam presentes a professora Mayra, Rozilda (a merendeira da Casa Jovem), a professora de teatro Daniela, nove alunos do Projeto Jovem e sete do Projeto Alfabetização em Ação. 

Chegando ao teatro, Helena estava à espera do grupo com os ingressos a mão. E foram rumo ao espetáculo... 

A peça falava sobre uma típica turma de alunos, composta por brasileiros e uma americana. Eles estavam por fazer uma prova de geografia, quando todos se deram conta de que nada sabiam sobre o conteúdo da mesma. Perceberam então que a aluna americana era a única que sabia a matéria, mas ela não falava bem o português. Sendo assim todos tinham que achar uma solução para a situação. Decidiram então que colariam através do sapateado. E a partir daí a peça se desenrolou. 

Os alunos se divertiram tanto na peça quanto no caminho de ida e volta. Para eles tudo era novidade e curtição. Muitas fotos, risadas, brincadeiras rolaram. 

Ao final da peça uma das artistas se disponibilizou para a sessão de fotos e nossos alunos mais do que depressa foram até ela para serem clicados. 

Os alunos ficaram extremamente animados com o novo estilo de dança que viram ali. O sapateado despertou o interesse de alguns para entrar em um grupo de dança.

    Em torno de 18h retornamos para a Rocinha. No caminho as crianças brincaram e fotografaram tudo o que viam. Com relação aos custos, nada gastamos com este passeio. Ganhamos as entradas da Secretaria de Cultura do Estado e o caminho foi feito a pé pela proximidade do local.

Montando o alfabetário

A Oficina de Alfabetização construiu seu alfabetário essa semana. O alfabetário é uma associação da letra com uma figura correspondente (como podemos ver nas fotos, especialmente na qual nosso aluno Luan segura a folha com a letra “F” junto ao desenho de uma foca). 

O objetivo principal desta atividade é reforçar o alfabeto e a escrita, criando possibilidade de ir além da letra propriamente dita, mas sempre fazendo relações com o ambiente em que vivemos. 

A participação deles na construção foi fundamental: além de se verem atuantes, de poderem contribuir com o aprendizado dos colegas, também foram se apropriando das formas de escrita. 

Esta atividade foi desenvolvida com os alunos que ainda estão no processo de alfabetização.

Levante sua voz

Nesta segunda-feira, dia 06/08, a Oficina da Palavra se voltou para os meios de comunicação e o direito à liberdade de expressão. 

Após assistir ao documentário "Levante sua voz", de Pedro Ekman, os participantes responderam algumas perguntas, entre elas, o que gostariam de dizer se tivessem espaço em um grande meio de comunicação. A turma se mostrou consciente em suas reivindicações, como podemos ver pelas respostas:

"Sobre os direitos que temos, mas poucos sabem. Sobre os crimes políticos. Sobre os crimes cometidos pelos mais poderosos", disseram as irmãs Jessica e Bianca.

"Sobre a comida, a quantidade de químicos e coisas que fazem mal e nós ingerimos sem saber o quão isso nos traz problemas de saúde", de acordo com a dupla Camila e Adrielly.

"Eu faria uma crítica sobre a manipulação das telenovelas, o poder que elas tem sobre as pessoas. Elas influenciam no jeito das pessoas, como se sentem, se vestem e manipulam sua visão de sociedade", respondeu a dupla Lucas e Vitória. 

Felizmente, a internet ainda é um espaço democrático de comunicação e essa turma vai dar muito o que falar por aqui. ;)